O game “Quem Fica em Pé?” já dá os primeiros sinais de que conseguiu se
transformar numa atração capaz de conquistar público para a Band e alavancar o
prime-time da emissora. Agora, a linha principal de shows do Morumbi (“CQC”, “A
Liga” e “Polícia 24h”) inicia longe do traço de audiência, o que garante um
desempenho mais confortável. Este foi um importante ajuste na grade e, com
certeza, será um fator decisivo na hora em que a Band estiver novamente para
renovar o contrato de locação de horário para o R.R Soares. Até lá, os
executivos serão convencidos que é muito mais importante ter uma programação
eficiente a algo que garanta somente a entrada de dinheiro.
Mais do que estratégia de programação, “Quem Fica em Pé?” se transformou numa
grata surpresa para muitos, incluindo público e a própria imprensa que se diz
especializada, mas que ainda olha com certo preconceito para programas, formatos
e apresentadores. O game traz à tela um José Luis Datena bem diferente daquele
que toda tarde aparece no “Brasil Urgente”.
Ali no palco, o apresentador se
solta, sorri, brinca com a plateia e participantes, provoca e envolve. Datena
mostrou que pode ir muito além das notícias cheias de sangue e que o
entretenimento em nada vai tirar a credibilidade que precisa para conduzir o
noticiário. É aquela velha história que muitos profissionais da TV acreditam ser
a mais correta: jornalista tem que ter cara fechada, olhar ameaçador e ficar
duro atrás de uma bancada. O tempo prova que isso mudou. Ainda bem.
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