Agências bancárias, companhias de água e energia estão
entre as principais empresas reincidentes em reclamações no Procon Santa Cruz
do Capibaribe. No intuito de viabilizar a renegociação entre consumidor e
prestadoras de serviço, a Prefeitura Municipal, através da secretaria de
Governo, irá promover o Mutirão dos Superendivididos em junho, na praça CEU.
Para participar do projeto, o consumidor deverá se
dirigir à agência do Procon entre os dias 02 e 31 de maio, munido de duas
cópias de RG, CPF, comprovante de endereço e da existência do débito para que
possa efetuar a inscrição. “É importante destacar que este evento não irá
promover a discussão quanto à existência da dívida, mas propor medidas de
renegociação e ajustes de conduta entre credores e devedores,” destacou o
gestor interno do Procon, Thalys Henrique.
O mutirão não se destina apenas aos consumidores
devedores do município de Santa Cruz do Capibaribe, mas também de cidades
vizinhas como Taquaritinga do Norte, Toritama e Brejo da Madre de Deus,
alcançadas pelo órgão conciliador. “Assim que o consumidor efetuar a inscrição,
nós iremos estudar o caso e durante o Mutirão dos Superendividados, iremos
propor soluções que estejam de acordo com a realidade do consumidor e dentro
das diretrizes do Banco Central,” explicou Thalys.
Nesta primeira edição, o mutirão atenderá exclusivamente
os consumidores inadimplentes com a Celpe, Compesa, Banco do Brasil, Banco do
Nordeste, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander. Outras
informações podem ser obtidas na agência do Procon situada na Avenida Padre
Zuzinha, 496, centro, ou pelo fone (81) 3731-0313. A instituição fica aberta ao
público de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h.
Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do
Consumidor (Peic) de 2015, apurada pela Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo (CNC), o cartão de crédito foi o principal responsável
pelo endividamento. A modalidade de pagamento foi a responsável pela maior
parte da dívida para 76,1% das famílias. Em segundo lugar ficou o carnê,
apontado por 16,9% dos entrevistados.
Por Antonio Andrade