terça-feira, 24 de maio de 2016

    Movimento Maio Amarelo em Santa Cruz do Capibaribe mobiliza governo e sociedade civil pela segurança no trânsito

    Direcionada para entidades e estudantes, a palestra sobre o movimento Maio Amarelo realizada nesta terça-feira (24), na praça CEU, levou dezenas de pedestres, condutores e órgãos públicos ao diálogo e a reflexão sobre os altos índices de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. A iniciativa da Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe, através das secretárias de Educação, de Cidadania, de Saúde e de Mobilidade Urbana, buscou ainda conscientizar a sociedade da importância de um comportamento seguro no trânsito.

    De acordo com o Comitê Regional de Prevenção aos Acidentes de Moto (CRPAM), o motociclista é responsável por 42,2% dos acidentes e a motocicleta é pontada como a causa de 76,8% dos acidentes de trânsito terrestre. “Ações como esta são muito importantes para a redução de acidentes, infelizmente Santa Cruz do Capibaribe ainda permanece entre os municípios da IV Gerência Regional de Saúde, com maior número de óbitos por acidente de motos”, ressaltou o secretário executivo do CRPAM, André Coimbra.

    Ainda segundo Coimbra, a operação Lei Seca, não tem a função de coibir o consumo de bebidas alcoólicas, mas de zelar pela vida; seja quando autua o condutor do veículo ou quando o orienta a tomar medidas de segurança no trânsito. “Escolhemos a educação como método preventivo de acidentes, mas há momentos em que motoristas e pedestres se recusam a adotar hábitos mais seguros. Então, coube à Lei Seca, assim como a outras leis do Código de Trânsito Brasileiro, zelar pela vida humana”, pontou o secretário executivo, André. Entre janeiro e abril, foram realizados 136 testes de alcolemia no município.

    Em 2015, os acidentes menores, com internação e com mortes decorrentes de motocicletas custaram ao estado pernambucano quase R$ 1 bilhão. “Este foi parte do montante que deixou de ser investido em saúde pública no ano passado. Pois, ainda existem os custos com acidentes de automóveis, bicicletas, com pedestres, com tração animal, entre outros. Sem falar, nos custos sociais e na superlotação da rede de saúde causadas simplesmente pela falta do hábito de abotoar o capacete ou obedecer ao limite de velocidade estipulado pela via,” declarou o Secretário de Saúde, Breno Feitoza.

    Conforme dados divulgados pela Secretaria de Mobilidade Urbana, entre janeiro e março deste ano foram registrados 52 acidentes de trânsito na cidade. “Sabemos que o número é bem maior, uma vez que muitas pessoas optam por não registrar o acidente. Entre os motivos está a falta de habilitação para conduzir o veículo, o condutor é menor de idade ou a moto está em situação irregular” destacou o Secretário de Mobilidade Urbana, Fábio Aragão.


    Após a palestra, o público pôde fazer perguntas, tirar dúvidas e propor sugestões para a melhoria da mobilidade na Capital da Confecção. Participaram ainda deste encontro, representantes do SAMU, da 27ª Ciretran Santa Cruz do Capibaribe, do Clube Gaviões do Capibaribe, da Igreja Católica, do Moda Center Santa Cruz e da Associação dos Mototaxistas Profissionais de Santa Cruz do Capibaribe.

    Por Antonio Andrade
    Fotos: Jefferson Lulu

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