Prezado amigo e irmão em Cristo, Pe. Ivemar.
Há exatos sete anos e dez meses... Nós o acolhíamos nesta
capela como “aquele que vinha em nome do Senhor”. Recordo-me que naquela
celebração, nos apresentamos como um povo de origem simples, que vinha buscando
na vivencia dos ensinamentos de Jesus Cristo, o nosso maior tesouro. Na
ocasião, ressaltamos ainda as nossas falhas e limitações, as quais queríamos em
comum acordo superá-las. E deste dia pra cá, quantas coisas vivemos? Quantos
momentos compartilhados? Quantas mudanças?
Tais mudanças foram além da troca de cor da capela, da
implantação do sistema de som, do sistema hidráulico, do aperfeiçoamento da
iluminação e principalmente da construção do nosso tão almejado salão
comunitário. As mudanças ocorreram no nosso coração, no nosso nível de
espiritualidade e na nossa compreensão do tempo e dos propósitos de Deus.
Porque isso aconteceu? Porque o Senhor nos enxergou como irmãos de caminhada,
porque o senhor nos acolheu e amou semelhantemente ao “Bom Pastor”. Porque o
senhor nos instruiu a estudar a palavra e a participar das celebrações de nossa
capela. Quantas vezes não ouvimos o senhor perguntar com o sorriso no rosto:
“Mais você mora no Jerimum, num lembro de te-lo visto na igreja? Vou lhe
esperar na próxima Missa, viu? Como esse “puxão de orelha” era acolher... Nos sentíamos próximos ao senhor, padre
Ivemar.
Na sombra desta capela, nós comemoramos o seu
aniversário. Na sacristia, por muitas vezes não fomos capazes de compreender os
seus direcionamentos, e por estes momentos de contendas, nós pedimos perdão...
Todavia nesta mesma sacristia, o senhor nos instruía a servir a Deus com
maestria. Lembra quando o senhor nos disse: “Vejam orçamentos e adquiram o
melhor material para a construção do salão, pois para Deus sempre o melhor”. Garanto
que o senhor não esquece de nossas reivindicações pela Missa do Natal...
Quantas vezes, mesmo estando com a agenda completa, o senhor não abriu um
espaço para celebrar conosco o nascimento do Príncipe da Paz. Afinal, como o
senhor mesmo comentava: “Quando chega o Natal, a comunidade do Jerimum inventa
um Show de Prêmios, uma confraternização... tudo para que vá celebrar a missa
lá.” Realmente, o senhor tinha razão, a gente planejava sim. Não porque nos
julgávamos melhor que as demais comunidades, mas pelo fato de que tais
celebrações nos conduziam ao verdadeiro sentido do nascimento de Jesus.
Hoje se nós tivéssemos que sintetizar em uma frase o
período sacerdotal que o senhor esteve convosco, nós diríamos: “Seja, porém, o
vosso sim; sim, e o vosso não; não, o que se afasta disto não prove de Deus”
(Mt 5, 37). Obrigado, padre Ivemar, por celebrar o mistério da Fé nas nossas
vidas, obrigado por cada sacramento do Batismo, por cada primeira eucaristia,
por cada matrimonio, por cada seminarista que enviado à nossa comunidade...
Obrigado por todas as vezes que o seu ministério sacerdotal nos aproximou do
“Autor e Consumador da nossa fé”.
Como São Sebastião será o padroeiro de sua nova paróquia,
desejamos que o exemplo de entrega e serviço deste mártir a Cristo, o inspire a
continuar pregando a Palavra de Deus. Quanto nós, continuaremos nesta comunidade,
sempre de portas e abraços para acolhê-lo e celebrar as maravilhosas do Senhor.
Como a hora do até breve se aproxima, queremos que o senhor leve consigo um
pouco de nossa história, mas nós não a contamos só em palavras, mas também em
cores e luz... Através de Marília Costa e João Henrique, a nova geração de
jerimuniense instruídos na fé pelo Senhor, receba o nosso forte e fraterno
abraço.
Comunidade São Sebastiãoo
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